Esta é a formação montanhosa em xisto que atinge a maior altitude no território continental português.
A Serra do Açor - a quinta serra mais alta de Portugal continental - constitui o quadrante norte do território das Aldeias do Xisto, assegurando a continuidade da Cordilheira Central, a partir da Serra da Estrela.
Nas suas cumeadas, torres eólicas geram electricidade que chega a todo o País.
É a mãe do Rio Ceira, que parte dos seus cumes à procura do Mondego, que só encontra à entrada de Coimbra. Mas também dá um fortíssimo contributo para os caudais do Zêzere e do Alva.
É serra que há mais de um século é esventrada pela exploração mineira, cujo centro principal são Minas da Panasqueira. Mas também por mais de 10 km de túneis que transvasam para o Rio Zêzere as águas que alimentam a albufeira da Barragem de Santa Luzia.
Esta é a formação montanhosa em xisto que atinge a maior altitude no território continental português: o Cebola, a 1438 m.
“… curiosíssimo ouriçado de montanhas convergentes, que, abraçando Arganil e Goes, tem origem na serrania da Estrella, abrangendo entre si o fragôso rio Alva, e formando uma região de um acidentado excepcional, onde será difícil encontrar um kilómetro de planura.”
“Pombeiro da Beira - Memória histórica, descriptiva e crítica” - Sanches de Frias (1896) p. 14
Serra com nome de pássaro, que serve de casa a algumas espécies de aves que escolhem a liberdade dos grandes espaços selvagens. Mas é pelo elenco florístico e pelas formações vegetais que aqui ocorrem que esta serra vê reconhecida a sua importância para o património natural português.
Aqui encontramos a Paisagem Protegida da Serra do Açor dentro de cujos limites encontramos a Fraga da Pena e a Mata da Margaraça.
Aqui encontramos o Sítio de Importância Comunitária Complexo do Açorcomposto por quatro espaços distintos:
- a Mata da Margaraça
- o Fajão
- o Cebola
- e o São Pedro do Açor
Aqui ocorre o limite Sul da área de distribuição de uma planta rara: o Narcissus asturiensis. É nesta serra que a Trepadeira-dos-muros (Tichodroma muraria) tem aparecido nos invernos dos últimos anos.
E é esta a serra que alberga mais de metade da população mundial de uma espécie arbórea, o Azereiro (Prunus lusitanica subsp lusitanica) que tem na Mata da Margaraça a maior população mundial da espécie concentrada num só local.